Credito da imagem: @rawdis (Instagram)

Semana da Moda Modesta em Abu Dhabi: Uma Atualização sobre este Movimento Estilístico Global

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A Semana da Moda Modesta celebra sua 10ª edição este mês em Abu Dhabi, não deixando dúvidas de que o movimento conquistou, com perseverança, seu lugar no cenário da moda global. O que antes era considerado um nicho de mercado transformou-se em uma força econômica poderosa, com projeções de gastos muçulmanos em moda atingindo impressionantes 428 bilhões de dólares até 2027. Este evento itinerante, que já passou por cidades como Istambul, Dubai, Londres, Riade, Amsterdã e Jacarta, reúne marcas de todo o mundo com o foco compartilhado na cobertura da pele, criando um espaço onde a comunidade da moda modesta não é uma reflexão tardia, mas o evento principal. A participação de figuras pioneiras como Halima Aden, Mariah Idrissi e Rawdah Mohamed sinaliza a maturidade de um movimento que transcende fronteiras culturais e religiosas, oferecendo uma alternativa poderosa aos conceitos tradicionais de moda e beleza.

As Origens e Evolução da Semana da Moda Modesta

Do Nicho ao Fenômeno Global

A jornada da Semana da Moda Modesta começou como uma iniciativa para dar visibilidade a um segmento subestimado da indústria da moda. Enquanto as tradicionais “Big Four” – semanas de moda de Nova York, Londres, Milão e Paris – dominavam o calendário fashion global, crescia a necessidade de um espaço dedicado para designers e consumidores que priorizavam a modéstia em suas criações e escolhas de vestuário. A primeira edição significativa ocorreu em Istambul em 2016, com a participação da designer emiradense Rabia Zargarpur no conselho consultivo, marcando o início de um movimento que rapidamente se expandiria para outras capitais da moda.

Em 2017, Dubai sediou sua primeira edição da Semana da Moda Modesta, com Zargarpur como diretora criativa, estabelecendo uma importante conexão entre o movimento e a região do Golfo. Este evento foi particularmente memorável pela participação de Halima Aden, que desfilou para o designer turco Raşit Bağzıbağlı usando um turbante elaboradamente amarrado e um vestido com mangas longas, decote alto e adornos de contas. A imagem de Aden sob o Burj Al Arab tornou-se emblemática para o público-alvo – mulheres com códigos de vestimenta profundamente ancorados que buscam roupas conservadoras independentemente das tendências do momento.

A Expansão para Abu Dhabi e sua Significância Regional

A escolha de Abu Dhabi para sediar a 10ª edição da Semana da Moda Modesta em 2025 não é coincidência. Os Emirados Árabes Unidos emergiram como uma das principais capitais da moda modesta do mundo, com uma infraestrutura robusta e um ecossistema que apoia designers, empreendedores e influenciadores neste espaço. Ozlem Sahin, organizadora turca da Semana da Moda Modesta, enfatiza que o evento não é meramente uma série de desfiles, mas uma plataforma dinâmica que conecta designers com entidades governamentais, varejistas, mídia e consumidores, fomentando um ambiente propício para colaboração e expansão.

O evento está programado para acontecer de 14 a 16 de abril de 2025 no The St. Regis Saadiyat Island Resort, reunindo marcas de pelo menos 10 países diferentes. A parceria entre a Think Fashion e a Miral Destinations para hospedar o evento foi destacada por Liam Findlay, CEO da Miral Destinations, que comentou: “Hospedar a 10ª edição da Semana da Moda Modesta na Ilha Saadiyat em Abu Dhabi, um evento reconhecido globalmente na indústria da moda, é um marco significativo”.

Protagonistas e Influenciadores da Moda Modesta

Trajetórias Inspiradoras de Modelos Pioneiras

Halima Aden, nascida em um campo de refugiados no Quênia, percorreu um caminho extraordinário desde sua participação no concurso Miss Minnesota USA em novembro de 2016 até sua estreia nas passarelas da Semana de Moda de Nova York. Ela desfilou para marcas como Tommy Hilfiger, Max Mara e Alberta Ferretti, e fez história como a primeira modelo velada na capa da Vogue Arabia em junho de 2017, além de ser a primeira modelo usando hijab a estrelar um ensaio da Sports Illustrated, sempre cobrindo sua pele e cabelo. Para a próxima Semana da Moda Modesta de Abu Dhabi, Aden se associou à marca turca Marina para criar uma coleção que celebra a individualidade dentro da modéstia.

Rawdah Mohamed, modelo norueguesa-somali, iniciou a campanha #handsoffmyhijab em 2021 e também apareceu na capa da Vogue Arabia no mesmo ano. Ela desfilou nas Semanas de Moda de Oslo, Copenhague e Paris, e também foi frequentemente fotografada no tapete vermelho e como ícone de estilo de rua, com seu talento para formas exageradas e sobreposições ousadas mudando a forma como a modéstia é vista na Europa. Mohamed estará presente na Semana da Moda Modesta de Abu Dhabi para apresentar sua colaboração com a marca turca Imannoor.

Mariah Idrissi, modelo britânica nascida em Londres de pais marroquinos e paquistaneses, marcou a história em 2015 como a primeira modelo usando hijab a estrelar em uma campanha global da H&M. Desde então, ela estampou capas de revistas e falou em conferências e cúpulas, defendendo a diversidade e a responsabilidade social na moda.

O Papel dos Designers e Organizadores

Rabia Zargarpur, designer emiradense, tem sido uma força motriz na evolução da moda modesta. Além de sua própria marca, ela estabeleceu a Modest Fashion Academy para oferecer masterclasses, workshops e sessões individuais para ajudar aspirantes a designers e empreendedores focados na modéstia a encontrarem seu caminho. “A orientação profissional é essencial para que as marcas de moda prosperem e ganhem reconhecimento na indústria. É um negócio, não apenas um outlet criativo, e entender isso é crucial para expandir”, explica ela.

Ozlem Sahin, organizadora turca da Semana da Moda Modesta, destaca que o evento em Abu Dhabi não é apenas uma série de desfiles, mas uma plataforma abrangente que facilita conexões entre diversos stakeholders da indústria. A programação incluirá masterclasses, workshops e painéis de discussão, criando oportunidades de aprendizado e networking para todos os participantes.

O Impacto Econômico e Cultural da Moda Modesta

Um Mercado em Ascensão

A moda modesta transcendeu sua classificação inicial como um nicho para tornar-se uma indústria internacional próspera. Segundo o Relatório Estado da Economia Islâmica Global 2023/24 da DinarStandard, os gastos muçulmanos com moda estão aumentando ano após ano e devem atingir 428 bilhões de dólares até 2027, um aumento substancial em relação aos 318 milhões de dólares registrados em 2022. O Golfo, naturalmente, está no epicentro desta revolução no varejo, e marcas locais de toda a região alcançaram sucesso tanto no Oriente Médio quanto além.

Este crescimento econômico se reflete na expansão da Semana da Moda Modesta para diferentes regiões e no aumento de sua frequência e popularidade. O evento tornou-se uma vitrine crucial para designers e marcas que buscam capturar uma parcela deste mercado lucrativo, oferecendo visibilidade e reconhecimento dentro da indústria que mais importa para eles – o público da moda modesta.

Redefinindo Padrões de Beleza e Estilo

Enquanto a elegância e a feminilidade podem ter caracterizado a estética que impulsionou o surgimento inicial da moda modesta, a revolução desde então ultrapassou tais limites. Halima Aden, vestida para uma sessão fotográfica com marcas como Loewe, Jacquemus, Valentino e Erdem, personifica a maturidade do movimento. Por vezes andrógina e experimental, a roupa que cobre a pele hoje é ousada e expressiva. De nichos como moda praia, roupas esportivas e acessórios para hijab, à sobreposição de roupas que nunca foram projetadas para cobrir a pele em primeiro lugar, a criatividade e inovação continuam a empurrar as fronteiras da moda modesta ainda mais longe.

A demanda por cortes conservadores tem um impacto no cenário varejista global – não há dúvida sobre isso. Mais fenomenalmente, a modéstia tornou-se mais acessível – e aceitável – em lugares onde anteriormente era ostracizada. “Ver mulheres usando hijab em campanhas globais, não como uma jogada de marketing única, mas como um reflexo de consumidores reais, tem sido enorme”, diz Aden. Este movimento não se trata apenas de visibilidade, mas de mudar mentalidades e expandir padrões de beleza.

A Evolução Estética e a Diversificação da Moda Modesta

Da Tradição à Inovação Contemporânea

A moda modesta evoluiu significativamente em sua estética e abordagem. O que começou com foco em elegância e feminilidade tradicional agora abrange uma gama muito mais ampla de expressões estilísticas. A experimentação com silhuetas andróginas, peças estruturadas e sobreposições criativas demonstra como o movimento amadureceu além das interpretações iniciais mais conservadoras. Os designs atuais são ousados, expressivos e frequentemente desafiam as noções preconcebidas sobre o que constitui a moda modesta.

Novas categorias têm surgido dentro deste espaço, incluindo moda praia modesta, roupas esportivas e acessórios específicos para hijab, atendendo a diversas necessidades e ocasiões. A inovação também se manifesta na forma como peças convencionais são recombinadas e sobrepostas para criar looks que respeitam os princípios da modéstia enquanto permanecem contemporâneos e fashion-forward.

Ampliando o Apelo para Além das Fronteiras Religiosas

Embora o poder de compra muçulmano possa estar impulsionando a moda modesta, o movimento atraiu muitas mulheres de outras religiões, bem como aquelas que não são religiosas. “Algumas a abraçam por conforto pessoal, outras para ambientes profissionais, e algumas como forma de rebelião contra normas de moda hipersexualizadas”, ressalta Aden. É um movimento impulsionado pela autonomia: escolher quanto revelar em vez de ser informado sobre o que é aceitável.

A modelo Mariah Idrissi espera que os valores fundamentais da modéstia sejam revividos, em vez de ofuscados pela comodificação avassaladora do conceito. Ela acredita que o movimento frequentemente se desvia de suas fundações baseadas na fé, enfatizando que a moda rápida, por exemplo, é inerentemente incompatível com os ideais islâmicos. “Quero chamar mais atenção para a importância da sustentabilidade e práticas éticas em marcas rotuladas como ‘modestas'”, diz ela, explicando que todo o processo – desde a obtenção de tecidos até o trabalho e produção – deve estar eticamente alinhado com a ética da fé.

O Futuro da Moda Modesta e seu Alcance Global

Tendências Emergentes e Próximos Passos

A 10ª edição da Semana da Moda Modesta em Abu Dhabi marca não apenas uma celebração de uma década de crescimento, mas também uma oportunidade para vislumbrar o futuro deste movimento dinâmico. As tendências emergentes sugerem um foco crescente em sustentabilidade e práticas éticas, alinhando-se com valores fundamentais que frequentemente são associados à modéstia. Há também um interesse crescente em explorar como tecnologia e inovação podem ser incorporadas tanto no design quanto na produção de moda modesta.

A diversificação continua a ser uma característica importante, com a moda modesta masculina ganhando mais atenção e espaço dentro do movimento. Enquanto tradicionalmente o foco estava na moda feminina, designers e marcas estão cada vez mais reconhecendo o potencial do mercado masculino e desenvolvendo coleções que atendem a este segmento.

Construindo uma Comunidade Global

“Ter uma comunidade funcional estável onde diferentes criativos podem elevar, inspirar e trabalhar juntos é essencial para o desenvolvimento futuro e sobrevivência da indústria”, diz Mohamed. 

A Semana da Moda Modesta em Abu Dhabi oferece precisamente este tipo de plataforma, reunindo talentos diversos e facilitando conexões que podem impulsionar o movimento adiante.

O impacto vai além da indústria da moda, influenciando conversas mais amplas sobre identidade cultural, representação e inclusão. A moda modesta demonstrou seu poder como veículo para expressão pessoal e cultural, proporcionando um meio através do qual indivíduos podem honrar suas tradições enquanto participam ativamente do diálogo global da moda contemporânea.

Conclusão

A 10ª edição da Semana da Moda Modesta em Abu Dhabi representa um marco significativo para um movimento que cresceu de um nicho especializado para uma força global transformadora na indústria da moda. A trajetória da moda modesta – desde suas raízes ancoradas em princípios religiosos e culturais até sua atual expressão diversificada e inovadora – ilustra o poder da representação autêntica e da inclusão genuína no mundo da moda. O evento não apenas celebra esta evolução, mas também aponta para um futuro onde a modéstia continua a inspirar criatividade, impulsionar crescimento econômico e desafiar noções convencionais de beleza e estilo.

Com figuras pioneiras como Halima Aden, Rawdah Mohamed e Mariah Idrissi liderando o caminho, e com o apoio de plataformas dedicadas como a Semana da Moda Modesta, este movimento está bem posicionado para continuar sua expansão e influência. À medida que Abu Dhabi acolhe esta celebração da moda modesta, fica claro que este não é apenas um momento de reflexão sobre o caminho percorrido, mas também uma oportunidade de moldar o futuro de uma indústria que valoriza diversidade, respeito e expressão pessoal autêntica.

Referências:

  1. HalalFocus. Modest Fashion Week is Coming to Abu Dhabi – Here’s an Update on This Global Style Movement. https://halalfocus.com/modest-fashion-week-is-coming-to-abu-dhabi-heres-an-update-on-this-global-style-movement/
  2. Halal Times. Abu Dhabi Modest Fashion Week Features Latest Global Trends. https://www.halaltimes.com/abu-dhabi-modest-fashion-week-features-latest-global-trends/
  3. Arab News. Global models to attend Modest Fashion Week. https://www.arabnews.com/node/2591668/lifestyle
Muçulmanos realizando oração em praça de Londres

O Ramadã Impulsiona a Economia do Reino Unido em £1,3 Bilhão

O Impacto Econômico do Ramadã na Economia Britânica

O Ramadã, além de seu profundo significado espiritual para milhões de muçulmanos, emerge como um poderoso catalisador econômico no Reino Unido, gerando entre £800 milhões e £1,3 bilhão anualmente para a economia britânica. Este fenômeno, revelado por um estudo recente do think tank Equi, demonstra como o mês sagrado transcende seu caráter religioso para se tornar um período de intensa atividade econômica, impulsionando diversos setores e fortalecendo a coesão social. Com aproximadamente 2,6 milhões de muçulmanos britânicos adultos observando o jejum em todo o país, o Ramadã provoca transformações significativas nos padrões de consumo, nas tendências de varejo e nas doações beneficentes, consolidando-se como uma força econômica que merece atenção tanto do setor privado quanto dos formuladores de políticas públicas.

A Dimensão Econômica do Ramadã no Reino Unido

O relatório elaborado pelo Dr. Mamnun Khan identifica quatro pilares fundamentais que sustentam a economia do Ramadã: gastos no varejo, investimentos em marketing, aprimoramentos na cadeia de valor dos negócios e contribuições caritativas. O impacto econômico do Ramadã manifesta-se através de múltiplas atividades, incluindo compras no varejo, doações beneficentes, vendas em supermercados, compras para o Eid, voluntariado e outras iniciativas que, em conjunto, não apenas impulsionam o crescimento econômico, mas também fortalecem o tecido social britânico. Esse fenômeno representa um exemplo impressionante de como práticas religiosas podem transcender a esfera espiritual para gerar consequências econômicas tangíveis e mensuráveis.

A magnitude desse impacto torna-se ainda mais evidente quando comparada com outros setores da economia britânica. Com valores estimados entre £800 milhões e £1,3 bilhão, a economia do Ramadã pode agora superar indústrias tradicionais como a de pesca marítima do Reino Unido, que gerou aproximadamente £1,1 bilhão em 2023. Mais impressionante ainda é observar que a taxa de crescimento da economia do Ramadã provavelmente supera o crescimento geral da economia britânica, que registrou apenas 0,1% no último trimestre de 2024 e um total de 1,1% ao longo do ano, segundo dados do Escritório de Responsabilidade Orçamentária.

Transformações nos Padrões de Consumo Durante o Mês Sagrado

O Ramadã provoca uma transformação profunda nos hábitos de consumo da comunidade muçulmana britânica, o que, por sua vez, impacta significativamente o setor de varejo. Os consumidores muçulmanos gastam entre £428 milhões e £642 milhões em alimentos, vestuário, presentes e viagens durante este período. Apenas os supermercados registram vendas estimadas entre £228 milhões e £342 milhões, um aumento notável de duas a três vezes em comparação com a década anterior. Este crescimento extraordinário pode ser atribuído a três fatores principais: o aumento da população muçulmana no Reino Unido, a crescente mobilidade socioeconômica desta comunidade e a evolução das preferências de consumo entre os muçulmanos mais jovens.

O crescimento exponencial da economia do Ramadã contrasta nitidamente com a expansão mais modesta do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que cresceu aproximadamente 11,8% desde 2015, segundo pesquisas da Câmara dos Comuns. Esta disparidade evidencia o dinamismo e a importância crescente dos gastos relacionados ao Ramadã no contexto econômico britânico mais amplo, transformando o que antes era considerado um nicho de mercado em um momento de varejo significativo no calendário comercial do país.

Expansão do Mercado de Produtos Halal e Adaptação das Cadeias de Suprimentos

O Ramadã atua como um catalisador importante no estímulo aos supermercados para aumentarem seu estoque de produtos com certificação Halal, desde carnes e aves frescas até refeições prontas e lanches ao longo de todo o ano. Esta expansão exige que as cadeias de suprimentos se adaptem adequadamente, necessitando investimentos significativos por parte dos supermercados em abastecimento, logística e infraestrutura. Os supermercados e varejistas independentes de alimentos investem uma soma estimada entre £159 milhões e £274 milhões na cadeia de valor do Ramadã, demonstrando o reconhecimento crescente do poder de compra da comunidade muçulmana.

Grandes redes de supermercados e varejistas convencionais no Reino Unido têm aprimorado suas ofertas para o Ramadã ao longo da última década. Ao lado da extensa rede de 47.000 lojas de conveniência do país, esses varejistas geram entre £228 milhões e £342 milhões em vendas diretas durante o Ramadã, enquanto investem substancialmente em suas cadeias de suprimentos para atender às demandas específicas dos consumidores muçulmanos neste período. O relatório da Equi também destaca o impacto positivo do desenvolvimento de marcas mais “inclusivas” por alguns varejistas, que se tornam mais propensos a se beneficiar do substancial “poder de compra muçulmano” durante este período.

Vestuário, Presentes e Hospitalidade Durante o Ramadã e o Eid

Os gastos da comunidade muçulmana britânica se estendem muito além dos alimentos. Estima-se que os muçulmanos britânicos despendam entre £200 milhões e £300 milhões em roupas, presentes e viagens durante o Ramadã e o Eid (Celebração do fim do Ramadã), representando uma contribuição significativa para setores como o de moda e turismo. Varejistas de vestuário como H&M e Asos aderiram a esta tendência, lançando coleções de moda modesta especificamente para o Ramadã e o Eid em 2025, enquanto a IKEA introduziu sua primeira coleção de decoração temática para o Ramadã, GOKVÄLLÄ, apresentando peças de decoração e utensílios adaptados para o iftar (quebra de jejum).

Paralelamente, as mesquitas em toda a Grã-Bretanha cumprem um papel social e econômico vital durante o Ramadã, servindo refeições gratuitas para quebrar o jejum (iftar) cujo valor é estimado em £15 milhões durante o mês sagrado. Este aspecto da economia do Ramadã ilustra como as práticas religiosas podem gerar não apenas atividade econômica, mas também promover inclusão social e apoio comunitário. Em algumas regiões, como Bradford, os impactos econômicos são ainda mais pronunciados, com estimativas de que uma família média de cinco ou seis pessoas possa gastar mais de £3.000 ao longo de um fim de semana de Eid, incluindo £1.200 em roupas novas e até £500 em compras de alimentos.

Contribuições Caritativas e Impacto Social do Ramadã

O espírito de generosidade inerente ao mês sagrado direciona uma quantia estimada de £359 milhões para doações caritativas. Este aspecto da economia do Ramadã transcende o valor monetário, promovendo coesão social e solidariedade. O Business Secretary Jonathan Reynolds, em uma celebração especial de iftar, reconheceu o “notável aumento nas doações das comunidades muçulmanas a cada ano” durante o Ramadã, sinalizando uma crescente conscientização governamental sobre as significativas contribuições filantrópicas associadas ao mês sagrado.

Além do impacto económico direto, o Ramadã desempenha um papel crucial no fortalecimento do tecido social das comunidades britânicas. Eventos públicos, como iftars em larga escala, contribuem para aproximar pessoas, promovendo a inclusividade e o diálogo entre diversos contextos culturais. Esta dimensão social, embora difícil de quantificar em termos monetários, representa um valor substancial para a sociedade britânica como um todo, facilitando a integração e o entendimento intercultural.

O Potencial Inexplorado da Economia do Ramadã

O estudo enfatiza que a economia do Ramadã permanece uma área subexplorada na discussão de políticas, representando uma oportunidade não realizada para canalizar essas mudanças em cadeias de suprimentos locais fortalecidas, impulsionar pequenas empresas e incentivar hábitos de consumo mais sustentáveis. O Professor Javed Khan OBE, diretor administrativo da Equi, defende que o governo e as empresas ajudem a aproveitar os benefícios econômicos e sociais do mês sagrado, e que campanhas como “Compre Britânico” também incluam produtos Halal britânicos.

O relatório da Equi faz diversas recomendações importantes, instando o governo a reconhecer formalmente e integrar a economia do Ramadã em seu planejamento econômico, fornecer apoio direcionado para o crescimento de empresas muçulmanas britânicas e emitir orientações claras aos empregadores sobre as melhores práticas para apoiar seus funcionários muçulmanos durante o Ramadã. Estas recomendações sublinham o potencial para benefícios econômicos e sociais ainda maiores se os gastos relacionados ao Ramadã e as necessidades da comunidade muçulmana forem estrategicamente considerados dentro de estruturas nacionais mais amplas.

Sustentabilidade e Desafios Futuros

Apesar dos benefícios econômicos significativos, o Ramadã também apresenta desafios que precisam ser abordados para maximizar seu impacto positivo. As estatísticas sobre o desperdício de alimentos durante o período são alarmantes: o desperdício alimentar na Grã-Bretanha aumenta de uma média de 2,7 kg por pessoa para 4,5 kg por pessoa durante o Ramadã, com 66% dos muçulmanos britânicos descartando sobras de iftar no dia seguinte. Esta realidade contradiz os princípios islâmicos de gratidão (shukr) e o reconhecimento das bênçãos (barakah) concedidas ao mundo.

Felizmente, iniciativas sustentáveis estão ganhando força. A organização londrina Green Deen Tribe, por exemplo, realiza uma série de iftars em Londres centrados em três temas principais: redução de resíduos plásticos não reutilizáveis, diminuição do consumo de carne e redução do desperdício de alimentos. Estas iniciativas exemplificam como os princípios islâmicos podem ser harmonizados com práticas sustentáveis contemporâneas, oferecendo um modelo para a evolução futura da economia do Ramadã.

O Futuro da Economia do Ramadã no Reino Unido

A economia do Ramadã no Reino Unido representa uma força dinâmica e em crescimento, com potencial para expandir ainda mais sua influência nos próximos anos. Com o aumento da população muçulmana e o crescente reconhecimento do poder de compra desta comunidade, espera-se que mais empresas se adaptem para atender às necessidades específicas dos consumidores durante este período sagrado, criando novas oportunidades de mercado e inovação.

O crescimento desta economia também tem o potencial de influenciar positivamente as relações interculturais, à medida que práticas e tradições associadas ao Ramadã se tornam mais visíveis e integradas na sociedade britânica mais ampla. Ao mesmo tempo, o aumento da conscientização sobre questões de sustentabilidade e responsabilidade social dentro da comunidade muçulmana pode levar a uma evolução da economia do Ramadã em direção a práticas mais sustentáveis e eticamente conscientes.

Em um contexto econômico mais amplo, enquanto o Reino Unido enfrenta desafios de crescimento, a robusta economia do Ramadã oferece um exemplo inspirador de como tradições culturais e religiosas podem gerar valor econômico tangível, beneficiando não apenas as comunidades diretamente envolvidas, mas a sociedade como um todo. O reconhecimento e o apoio adequados a esta dimensão econômica podem transformar o Ramadã em um modelo de crescimento inclusivo que beneficia todos os setores da sociedade.

Referências

  1. Relatório: Ramadã contribui com £1,3 bilhão para a economia do Reino Unido – 5Pillars https://5pillarsuk.com/2025/03/28/report-ramadan-contributes-1-3-billion-to-uk-economy/
  2. Ramadã impulsiona a economia do Reino Unido em até £1,3 bilhão, revela relatório – Mustaqbal Media https://mustaqbalmedia.net/en/ramadan-boosts-uk-economy-by-up-to-1-3-billion-report-finds/
  3. Ramadã vale até £1,3 bilhões para a economia do Reino Unido — e cresce rapidamente – Hyphen Online https://hyphenonline.com/2025/03/31/ramadan-economy-growth-uk-1-3bn-equi/
  4. Gastos do Ramadã no Reino Unido aumentam para £1,3 bilhão anualmente – Halal Times https://www.halaltimes.com/uk-ramadan-spending-surges-to-1-3-billion-annually/
  5. Muçulmanos do Reino Unido combatem o desperdício de alimentos do Ramadã com iftars éticos – Muslim Climate Watch https://muslimclimatewatch.com/uk-muslims-ramadan-food-waste-ethical-iftars/
  6. Ramadã contribui com até £1,3 bilhão para a economia do Reino Unido – Shamsi Design https://www.shamsidesign.co.uk/blogs/ramadan-contributes-ps1-3-billion-to-uk-economy

Modelos desfilando roupas de moda modesta em tons pastel, representando a sofisticação e inovação do segmento Halal.

Indonésia Expande Exportações de Moda Modesta para o Mercado Saudita

A Indonésia está intensificando esforços para expandir suas exportações de moda modesta para a Arábia Saudita, explorando o crescente potencial do mercado de vestuário no Oriente Médio. Com uma indústria doméstica robusta e crescente reconhecimento internacional, o país do Sudeste Asiático busca aproveitar sua posição como terceiro maior produtor global de moda modesta para fortalecer suas relações comerciais com países muçulmanos, especialmente na região do Golfo, onde a demanda por produtos que atendem às normas islâmicas continua a crescer significativamente.

Posicionamento da Indonésia no Mercado Global de Moda Modesta

A Indonésia consolida-se como um dos principais atores no cenário global da moda modesta, ocupando a terceira posição mundial conforme o Relatório Global de Economia Islâmica 2023/24, ficando atrás apenas da Turquia e da Malásia. Este posicionamento reflete tanto a força do mercado interno quanto os avanços na qualidade e inovação dos produtos indonésios destinados ao público muçulmano global. Em 2024, os consumidores indonésios adquiriram mais de $20 bilhões em produtos de moda modesta, com a indústria apresentando um impressionante crescimento anual médio de aproximadamente 18%. Este crescimento sustentado demonstra a vitalidade do setor no maior país de maioria muçulmana do mundo.

A relevância da Indonésia no setor é corroborada por seus indicadores em diversas categorias da economia islâmica. O país não apenas se destaca na moda modesta, mas também ocupa a segunda posição em alimentos Halal e o quinto lugar em produtos farmacêuticos e cosméticos Halal, de acordo com o Indicador Econômico Islâmico Global. Esta classificação, que avalia 81 países, sublinha a competitividade indonésia no ecossistema de produtos e serviços compatíveis com a sharia.

As exportações indonésias de moda modesta para os países membros da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) alcançaram $540 milhões em 2022, colocando o país entre os dez principais exportadores para estas nações. Este volume de exportação evidencia não apenas a capacidade produtiva, mas também a aceitação internacional dos produtos indonésios, que combinam elementos tradicionais com tendências contemporâneas.

Desenvolvimento do Mercado Doméstico como Base para Exportação

O sucesso da indústria de moda modesta indonésia tem suas raízes no desenvolvimento do mercado doméstico, que serve como base sólida para as iniciativas de exportação. As marcas locais têm se beneficiado significativamente da popularidade das plataformas digitais, utilizando sites de e-commerce para alcançar consumidores em diferentes partes do país. Esta digitalização do comércio permitiu que pequenos e médios produtores expandissem suas operações e ganhassem visibilidade, criando um ecossistema vibrante que atrai atenção internacional.

A combinação de design contemporâneo com valores islâmicos tradicionais confere aos produtos indonésios um diferencial competitivo nos mercados internacionais. Os produtores locais têm investido em pesquisa e desenvolvimento para criar peças que não apenas atendem aos requisitos religiosos, mas também seguem tendências globais de moda, resultando em produtos sofisticados que apelam a uma ampla gama de consumidores.

Estratégias para Expandir as Exportações para a Arábia Saudita

O Ministério da Indústria da Indonésia identificou a Arábia Saudita como um mercado prioritário para a expansão das exportações de moda modesta, reconhecendo o potencial significativo do Reino como um dos maiores centros consumidores deste segmento. Esta estratégia faz parte de um esforço mais amplo para diversificar os destinos de exportação e fortalecer a presença indonésia em mercados com alto poder aquisitivo e forte demanda por produtos compatíveis com valores islâmicos.

Reni Yanita

“A Arábia Saudita é um dos maiores mercados para moda modesta no mundo. Isso se deve à sua grande população muçulmana e alto poder aquisitivo”, explicou Reni Yanita, diretora-geral para pequenas e médias indústrias do Ministério da Indústria, em declaração à Arab News.

Esta avaliação reflete o reconhecimento das características específicas do mercado saudita, que demanda produtos de alta qualidade e designs sofisticados que mantenham conformidade com princípios islâmicos.

A preferência dos consumidores sauditas por produtos de moda modesta que sejam de alta qualidade, estilosos e em conformidade com os princípios islâmicos cria oportunidades significativas para os produtos indonésios. Esta tendência de consumo alinha-se perfeitamente com as características da produção indonésia, que combina tradição e inovação. A Indonésia está posicionando seus produtos não apenas como alternativas culturalmente apropriadas, mas como artigos de moda premium que atendem às expectativas de um mercado consumidor exigente.

Foco em Múltiplos Mercados do Oriente Médio

Além da Arábia Saudita, a Indonésia está direcionando suas estratégias de exportação para outros quatro países do Oriente Médio: Irã, Turquia, Paquistão e Egito. Esta abordagem diversificada visa maximizar a participação indonésia no mercado global de moda muçulmana, aproveitando diferentes características de cada país para adaptar suas ofertas. A estratégia demonstra uma compreensão sofisticada das nuances regionais e das preferências específicas dos consumidores em cada mercado.

“Com as atuais oportunidades de mercado e desenvolvimentos na indústria da moda muçulmana, devemos ser otimistas quanto à maximização da participação no mercado doméstico e ao aumento de nossa competitividade no mercado global”, afirmou Reni Yanita, enfatizando a importância de uma visão estratégica para o crescimento do setor. Esta perspectiva reflete o entendimento de que o desenvolvimento do mercado doméstico e a expansão internacional são aspectos complementares da mesma estratégia.

Potencial do Mercado Saudita e do Oriente Médio

O mercado de moda saudita representa uma oportunidade substancial para os exportadores indonésios, com valor estimado em $4,25 bilhões em 2024 e projeção de crescimento para $5,7 bilhões até 2030, segundo dados da empresa irlandesa Research and Markets. Este crescimento projetado de aproximadamente 34% em seis anos indica a vitalidade do setor no Reino e justifica os esforços indonésios para estabelecer uma presença significativa neste mercado.

O crescimento do mercado saudita reflete uma tendência mais ampla na região do Oriente Médio, onde a indústria de vestuário é avaliada em aproximadamente $89 bilhões. Esta escala regional proporciona um contexto favorável para as aspirações indonésias de expandir sua presença comercial além de mercados individuais, buscando estabelecer uma posição consolidada em toda a região.

“Com o enorme potencial do mercado do Oriente Médio, isso certamente terá um impacto positivo no crescimento econômico da Indonésia… podemos aumentar as exportações de produtos indonésios, incluindo produtos de moda modesta”, destacou Yanita. A expectativa é que a cooperação econômica com países do Oriente Médio não apenas aumente as exportações, mas também fortaleça as relações bilaterais e catalise novos investimentos diretos na Indonésia.

Tendências Globais na Economia Islâmica

O potencial do mercado de moda modesta está inserido em um contexto mais amplo de crescimento da economia islâmica global. Segundo o relatório State of Global Islamic Economy 2023-2024, divulgado pelo Instituto DinarStandard, o gasto dos consumidores muçulmanos em seis setores de commodities poderá alcançar US$3,1 trilhões até 2027. Nos últimos cinco anos, o valor dos gastos aumentou 4,8%, chegando a US$2,29 trilhões em 2022.

Entre os seis setores da economia islâmica com expectativa de rápido crescimento, a moda muçulmana ocupa a segunda posição, com consumo projetado para atingir US$428 bilhões até 2027. Esta posição de destaque evidencia a relevância estratégica do setor para países exportadores como a Indonésia, que buscam capitalizar sobre esta tendência global de consumo.

Iniciativas Governamentais de Apoio à Indústria

O governo indonésio tem implementado diversas iniciativas para fortalecer a indústria de moda modesta e impulsionar seu potencial exportador. Estas ações incluem a realização de roadshows comerciais, facilitação de oportunidades de networking com parceiros estrangeiros potenciais e patrocínio de eventos significativos, como o recente Muslim Fashion Festival. Tais esforços demonstram um compromisso institucional com o desenvolvimento do setor, reconhecendo sua importância econômica e cultural.

A Semana de Moda Muçulmana de Jacarta (JMFW) 2025, organizada pelo Ministério do Comércio em conjunto com a Expo de Comércio da Indonésia (TEI) 2024, exemplifica estas iniciativas governamentais. O evento, sediado em Tangerang, Banten, foi concebido como um impulsionador importante para o desenvolvimento da indústria de moda modesta do país, visando atrair atenção global e gerar transações comerciais significativas.

Mardiana Listyowati, Diretora Geral de Desenvolvimento de Exportação Nacional do Ministério do Comércio, estabeleceu uma meta ambiciosa de transações comerciais de US$ 3 milhões para a JMFW deste ano. Para atingir este objetivo, o ministério tem trabalhado em estreita colaboração com representantes indonésios no exterior, incluindo Representantes Comerciais, para atrair compradores internacionais potenciais de mercados-alvo como Japão, Estados Unidos, Egito, Austrália e México.

Fortalecimento do Ecossistema da Moda Modesta

O Ministério de Micro, Pequenas e Médias Empresas também está engajado no fortalecimento do setor, com o ministro Maman Abdurrahman destacando o potencial da Indonésia para se tornar o centro mundial da economia sharia, incluindo produtos Halal e moda modesta. Durante a abertura do Festival Internacional de Moda Modesta da Indonésia (IN2MF) em Jacarta, ele enfatizou as oportunidades substanciais que o país tem para assumir liderança neste segmento em expansão.

O ministério, em colaboração com o Banco da Indonésia, está fortalecendo o setor de moda modesta através de iniciativas como o estabelecimento de uma casa de produção de couro em Garut, Java Ocidental. Este empreendimento servirá como centro para matérias-primas necessárias para produtos de moda, contribuindo para a verticalização da cadeia produtiva e aumento da competitividade dos produtos finais.

Outra iniciativa notável é a competição Young Designer Modest Fashion, promovida pelo ministério com o apoio do Banco da Indonésia, do Ministério do Comércio e da Câmara de Moda da Indonésia. Este tipo de competição estimula a inovação e o surgimento de novos talentos, contribuindo para a renovação contínua do setor e sua adaptação às tendências globais.

Perspectivas e Projeções Futuras

O futuro da indústria de moda modesta indonésia apresenta perspectivas promissoras, apoiadas tanto pelo crescimento do mercado doméstico quanto pelas crescentes oportunidades de exportação. A previsão de que o consumo de bens/serviços Halal na Indonésia alcance US$330,5 bilhões em 2025, com produtos de vestuário ocupando o segundo lugar em termos de consumo no mercado sharia indonésio, reforça a importância estratégica do setor para a economia nacional.

As plataformas digitais e o comércio eletrônico continuarão desempenhando papel crucial na expansão do alcance das marcas indonésias, tanto no mercado interno quanto internacional. A crescente facilidade de conexão entre produtores e consumidores através de canais digitais representa uma vantagem competitiva para a Indonésia, especialmente para pequenas e médias empresas que podem alcançar mercados globais sem necessidade de investimentos massivos em infraestrutura física.

A expansão para mercados como a Arábia Saudita não apenas aumentará as exportações de produtos de moda modesta, mas também fortalecerá as relações comerciais bilaterais e criará mais oportunidades de investimento. O estabelecimento de parcerias estratégicas com atores-chave nos mercados-alvo potencializará os resultados das iniciativas de internacionalização, contribuindo para o posicionamento da Indonésia como um hub global de moda modesta.

Conclusão

A estratégia da Indonésia de expandir suas exportações de moda modesta para a Arábia Saudita e outros mercados do Oriente Médio representa um movimento calculado para capitalizar sobre tendências globais favoráveis e fortalecer sua posição na economia islâmica internacional. Com um setor doméstico robusto, crescendo a aproximadamente 18% anualmente, e iniciativas governamentais coordenadas para apoiar a internacionalização, o país posiciona-se de maneira competitiva para capturar parcelas significativas do mercado global de moda modesta.

O mercado saudita, avaliado em $4,25 bilhões e com projeção de crescimento para $5,7 bilhões até 2030, oferece oportunidades substanciais para os produtos indonésios, que combinam qualidade, aderência aos princípios islâmicos e design contemporâneo. Esta expansão comercial transcende aspectos puramente econômicos, contribuindo para o fortalecimento das relações bilaterais entre a Indonésia e os países do Oriente Médio, com potencial para catalisar investimentos e cooperação em múltiplos setores.

À medida que a economia islâmica global continua sua trajetória de crescimento, com o setor de moda modesta projetado para alcançar US$428 bilhões até 2027, a Indonésia demonstra estar estrategicamente posicionada para se estabelecer como um hub global de referência. O futuro da indústria indonésia de moda modesta parece promissor, alicerçado em um mercado doméstico vibrante, crescente reconhecimento internacional e políticas governamentais favoráveis à inovação e internacionalização.

Referências